Google avalia colocar bloqueador de anúncios nativo no Chrome

O navegador Chrome pode em breve ganhar um recurso nativo para filtrar anúncios indesejáveis, tanto na versão mobile quanto na desktop.

Google avalia colocar bloqueador de anúncios nativo no Chrome

O navegador Chrome pode em breve ganhar um recurso nativo para filtrar anúncios indesejáveis, tanto na versão mobile quanto na desktop. Esse tipo de ferramenta vem ganhando popularidade a cada ano, e a Google quer melhorar a experiência de navegação para os usuários, além de, principalmente, manter o controle no setor de publicidade online.

Ad-blockers cresceram 26% nas máquinas de mesa dos Estados Unidos nos últimos anos

O ad-blocker teria o suporte da comunidade Coalition for Better Ads, grupo do qual também fazem parte Facebook, Reuters, AppNexus e outras grandes da seara midiática. Em março, as empresas lançaram uma espécie de “manual” de bom uso, que repudia popups, vídeos automáticos com som ligado e veiculação com temporizadores de contagem regressiva.

Segundo o The Wall Street Journal, a Gigante das Buscas estaria até mesmo pensando em bloquear toda comunicação de marketing oriunda de sites que estampam mensagens comerciais consideradas ofensivas, em vez da promoção individual. Ou seja, os donos das páginas teriam que monitorar o conteúdo de seus domínios para continuar ativos no browser.

Jogada defensiva no Chrome

A Google estaria especialmente de olho no crescimento do poder dos pequenos grupos que vêm lucrando com o aumento de 26% de ad-blocker nas máquinas de mesa dos Estados Unidos nas últimas temporadas. As terceirizadas cobram taxas em troca do “passe” de conteúdo e a companhia de Mountain View já injeta verba considerável no programa “Acceptable Ads”, da Eyeo GmbH, desenvolvedora de um dos softwares mais famosos do gênero, o Adblock Plus.

Chrome está em quase 50% dos desktops nos EUA

O aumento da concorrência entre os mediadores de publicidade online preocupa a Gigante das Buscas, que lucrou nada menos do que US$ 26 bilhões no setor em 2016. Ter outras empresas monitorando o fluxo significa essa quantia cada vez mais diluída e preocupa os parceiros que até então tinham “acesso total” no navegador.

Como o Chrome está em quase 50% dos desktops no território estadunidense, ter uma avaliação nativa é também uma jogada defensiva. Contudo, por enquanto ninguém confirmou oficialmente essas mudanças, que podem até mesmo ser arquivadas.